Entre a década de 1980 e 1990, os preços dos produtos no Brasil aumentavam subitamente da noite para o dia. Foi nessa época, inclusive, que surgiram alguns hábitos dos brasileiros que permanecem até hoje, como o de fazer compras mensais no supermercado.
O período, chamado de hiperinflação, foi consequência de um acúmulo de políticas monetárias e econômicas malsucedidas que, aliadas ao contexto internacional ruim, intensificaram o processo de alta na inflação brasileira.
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A hiperinflação pode ser causada pelo excesso da oferta monetária, onde o Produto Interno Bruto – PIB, não consegue suportar a demanda. Portanto, normalmente, a hiperinflação acontece quando existe um cenário de desequilíbrio entre oferta e demanda de dinheiro.
Outra causa da inflação é o excesso de liberação de créditos. Dessa maneira, com a liberação de forma constante e indiscriminada de dinheiro, o mercado fica cheio de moeda circulando sem o aumento de fato da riqueza da população.
Outra situação que pode ocasionar a hiperinflação, é a estocagem de mercadorias. Esse cenário ocorre quando as pessoas acumulam produtos em casa e consequentemente eles faltam nas prateleiras. Como o mercado é determinado pela lei de oferta e procura, quando existe muita procura e pouca oferta, os preços sobem.
A hiperinflação ocorre quando há um aumento exorbitante e constante dos preços. Desse modo, quando esse aumento atinge o patamar de 50%, e se mantém ao longo dos meses, constitui-se o cenário de hiperinflação.
Além disso, a hiperinflação pode ser alimentada pela insegurança dos produtores e comerciantes. Isso porque, com medo de perder o poder de compra, eles acabam por aumentar os preços como forma de assegurar os seus ganhos. No entanto, o resultado é que, com o aumento dos preços, vem o aumento da hiperinflação.
Em macroeconomia, hiperinflação é uma inflação fora de controle a níveis muito elevados. O que ocorre é um encarecimento rápido dos produtos e desvalorização acentuada da moeda, às vezes acompanhada de recessão.
Dados da série histórica do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - IPCA, que mede a inflação no Brasil, mostram que entre os anos de 1989 e 1994 era comum o IPCA estar em patamares entre 30% e 60%.
Alguns brasileiros ainda se lembram de quando iam no supermercado pela manhã e determinado produto estava de um preço. Ao voltarem à tarde, o preço tinha subindo consideravelmente. Por exemplo, em março de 1989 a inflação chegou a 81%.
Neste contexto, os produtos que tinham preços vantajosos desapareciam imediatamente das prateleiras, porque as pessoas literalmente corriam para comprá-los. Isso gerava, inclusive, crises de abastecimento. Era como um cenário de Black Friday, só que o ano inteiro. Dá pra imaginar?
Muitas pessoas que viveram nessa época, lembram que foram os piores já vividos pelo país. Quem tinha dinheiro guardado achava que tinha muito, porque recebia muitos juros da poupança, mas o dinheiro não valia nada. Quem pegava dinheiro emprestado nessa época não conseguia pagar a dívida, e o prejuízo foi geral. Foi uma época muito difícil para todos os brasileiros, porque não se conseguia guardar dinheiro. Para a maioria, tudo o que se ganhava era para pagar as contas e a alimentação.
Mas esse cenário catastrófico não aconteceu apenas no Brasil, ocorreu também na Alemanha, depois da Primeira Guerra Mundial. Com isso, a economia na Alemanha ficou desequilibrada entre os anos de 1918 e 1924, quando o poder de compra da população foi seriamente reduzido. Outros países como China, Argentina e Rússia também já vivenciaram os efeitos da hiperinflação.
Essa hiperinflação proporciona tempos difíceis, hein pessoal?!
Esperamos que você tenha gostado das nossas dicas!
Atenciosamente,
Equipe do Box Financeiro
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