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Entenda como o tabu sobre o dinheiro interfere na sua saúde financeira

Uma pesquisa divulgada pelo Valor Investe em novembro de 2020, confirmou o que muitos de nós já sabíamos: o brasileiro liga dinheiro a sentimentos ruins e, portanto, sustentam tabu sobre dinheiro.

Por exemplo, segundo amplo estudo feito pelo Itaú Unibanco em parceria com o Datafolha, quase todos os entrevistados (97%) disseram ter dificuldade em lidar com as próprias finanças pessoais. Além disso, metade (49%) até mesmo evita pensar em finanças para não ficar triste.

Quando a gente não conversa sobre um tipo de assunto, você acha que tem mais chances de que isso seja melhorado ou piorado?

Se não for um nem outro, provavelmente é que tal tópico fique, no mínimo, estagnado, sem qualquer possibilidade de desenvolvimento.

Então, justamente pelo fato de as pessoas não quererem falar sobre dinheiro não faz as preocupações financeiras desaparecerem, muito pelo contrário.

Além disso, outra informação reforça a ideia do por que dinheiro ser tabu é um problema.

Por exemplo, a realidade de problemas financeiros serem a segunda maior causa de separação entre casais, segundo especialistas.

Se você não conversa ou não desenvolve o tema de finanças para consigo mesmo e nem com seu parceiro, parceira ou filhos, a perspectiva é de que isso se mantenha como tabu e vire dificuldade para todos envolvidos.

Identificado de vez que o ponto financeiro é um problema e o porquê disso, vamos descobrir o que está por trás dessa realidade.

Por exemplo, você já ouviu falar em crenças limitantes? Primeiro, qual a definição de “crenças limitantes”? Para quem não sabe, são aquelas ideias que acabam se tornando uma ‘verdade absoluta’ na sua vida.

E de onde isso vem? Geralmente, da infância, pois é lá que somos mais influenciados por pessoas e situações que vivenciamos no dia a dia.








Existem 03 tipos de crenças limitantes:

· Crenças hereditárias: Vieram dos seus pais e sistema familiar;

· Crenças individuais: Criadas nas experiências individuais que teve;

· Crenças sociais: Geradas pela sociedade e reforçadas pela mídia.


A partir daí, surgem os modelos mentais, que nem sempre correspondem à realidade. Muitas vezes, pegamos as experiências negativas do passado e limitamos nosso presente ou futuro por causa delas.

Por exemplo: Imagine você, já adulto, resolver aprender a falar um idioma. Antes mesmo de começar as aulas, você se lembra de que nunca se destacou nas aulas de língua estrangeira na escola. Automaticamente, você tende a pensar que não tem talento para isso e que não deveria tentar aprender agora. Ou seja, isso é uma crença limitante.

As crenças limitantes são suas interpretações da realidade. Você assume que são verdadeiras, mesmo que muitas vezes sejam falsas. E crenças são como imãs: você atrai aquilo em que acredita e aquilo se torna real para você.

No mundo das finanças as crenças limitantes sobre dinheiro são por exemplo: se os seus pais diziam que era muito difícil ganhar dinheiro e quem era rico normalmente era desonesto, você tende a levar essa crença consigo e pode ter dificuldade em lidar bem com o seu dinheiro.


Ou seja, são crenças diretamente conectadas ao seu comportamento em relação às finanças.


E o que mais elas são?


· Aprendidas na infância;

· Passadas de geração e geração;

· Inconscientes;

· Parcialmente verdadeiras;

· Diretamente responsáveis por seus resultados financeiros.


Existem 04 grupos das crenças limitantes sobre o dinheiro:


1- Aversão ao dinheiro: As crenças deste grupo significam, geralmente, que a pessoa acredita que esse bem é algo ruim. Esse tipo de pessoa costuma imaginar que não merecem ter dinheiro. E não para por aí, podem pensar que ricos são necessariamente gananciosos e corruptos.

2- Adoração ao dinheiro: Os adoradores consideram muito dinheiro ser a chave para a felicidade e a solução para os problemas. Só que, ao mesmo tempo, pensam que nunca conseguirão ter dinheiro suficiente para tudo isso. Por isso, acabam por consumir mais e mais em busca da felicidade com bens materiais.

3- Status do dinheiro: Quem busca status por meio do dinheiro busca vincular seu valor à quantidade de grana que possui, infelizmente. Frequentemente, essas pessoas vão mais longe, ao priorizar fazer exibições de riqueza e ostentar, até gastando mais do que podem.

4- Vigilante do dinheiro: Este vigilante está sempre atento e preocupado com a saúde financeira. Acredita demasiadamente que é importante economizar e trabalhar pelo dinheiro com dedicação. O problema é que essa vigilância toda pode levar à ansiedade excessiva, impedindo que a pessoa aproveite dos benefícios do dinheiro.


Apesar de toda essa perpetuação que parece inevitável de enxergarmos o capital como tabu, é, sim, possível tomar algumas atitudes para que isso seja, no mínimo, amenizado.


Para quem tem aversão ao dinheiro, por exemplo, é algumas medidas são essenciais, como:


· Criar um ritual para se tornar informado financeiramente;

· Listar ideias de como ter dinheiro pode ser bom para você e ao mundo;

· Criar um mantra, dizendo para si que não há mal em ter dinheiro;

· Estabelecer metas de orçamento e se recompensar.


Agora, para quem possui adoração ao dinheiro, boas sugestões para mudar essa realidade aos poucos são:


· Reservar períodos para se conectar com pessoas de quem gosta;

· Escapar do remorso do comprador, fazendo compras conscientes;

· Entender que sua família e amigos possuem valor infinito.


Por vivermos em uma cultura que muito associa status financeiro à posição social, é comum que sejamos atraídos para esta crença: status do dinheiro. No entanto, essa é uma outra realidade que temos de combater se queremos quebrar o tabu do dinheiro. E um bom caminho para isso devem ser os seguintes:

· Dar tempo a suas finanças e conversar com alguém da sua confiança sobre elas;

· Se esforçar para ser emocionalmente fisicamente e financeiramente saudável;

· Desacelerar o ritmo de comprar e se fazer mais perguntas.


Se você se considera mais um vigilante do dinheiro, para sair dessa observação descontrolada, é importante:

· Definir um orçamento para gastar com diversão;

· Se lembrar de que não é possível ficar com o dinheiro para sempre;


Existem diversas maneiras de cuidar do tabu sobre o dinheiro como:


· Recomenda-se iniciar procurando a ajuda de aconselhamento financeiro, com a consultoria financeira. Especialistas em educação financeira e finanças são profissionais formados e experientes na área financeira, altamente capazes de ajudar as pessoas a organizar e controlar as suas finanças e também a traçar estratégias para planejamento financeiro a curto, médio e longo prazos. A educação financeira, mudança de mentalidade, hábitos e comportamentos o ajudará a lidar com sua situação financeira e existem muitos métodos eficazes para esse processo, por intermédio da consultoria financeira pessoal. Em diversos casos, muitas pessoas nos estágios iniciais da situação financeira, tem resultados positivos com o controle financeiro, pois o ato de começar a cuidar das finanças pode ajudar a impedir que a situação se deteriore, começando a recuperar o controle de suas finanças, lutando contra seus desejos de ignorar o problema, enfrentando quaisquer causas subjacentes, como a dívida e falência por exemplo.

· Praticar técnicas de relaxamento para aprender a controlar e impedir que a situação assuma o controle.

· As práticas integrativas e complementares de saúde – PICS, são formas eficazes de tratamento para essa situação.

· A terapia é uma opção que pode descobrir uma causa anteriormente desconhecida para a situação, ou uma origem inconsciente profundamente enterrada que pode ser tratada.

· É recomendado também a terapia em grupos de apoio financeiros, como acontece como os alcoólicos anônimos e dependentes de drogas. Os grupos de apoio financeiros, ajudam muito as pessoas a cuidarem de qualquer assunto relacionado a problemas e situações financeiras que afetam a saúde financeira.

· A hipnoterapia, regressão e hipnose é usada para encontrar uma razão para a situação ou modificar os sentimentos da pessoa em relação ao objeto temido, ajudando o doente a enfrentar a situação ou qualquer número de outras aplicações.

· Um tratamento bem conhecido para essa situação é chamado de terapia de exposição, um método no qual o indivíduo é lenta e gradualmente exposto ao cenário de que tem certa sensibilidade em uma situação controlada. Com o tempo, isso ajuda a pessoa a desenvolver uma tolerância e a se tornar insensível a uma situação que normalmente seria intensamente estressante.

· A medicação pode ser usada para controlar a ansiedade severa e ajudar o indivíduo a viver uma vida diária mais normal. Na maioria das vezes, porém, os medicamentos servem apenas para encobrir os sintomas e não ajudam a controlar o próprio medo subjacente.

Recomenda-se que quem tem a o tabu sobre o dinheiro, procure uma ajuda especializada com profissionais formados e experientes como psicólogos, terapeutas e psiquiatras e faça um tratamento.


Interessante né pessoal?! Entender como o tabu sobre o dinheiro interfere na sua saúde financeira, fica mais fácil se cuidar, não é mesmo?!




Esperamos que você tenha gostado das nossas dicas!

Atenciosamente,

Equipe do Box Financeiro






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