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Como o consumismo desenfreado prejudica sua saúde financeira

De fato, cada vez mais vemos que as pessoas estão buscando alternativas sobre como evitar o consumismo, principalmente para parar de gastar dinheiro por pura ansiedade. Assim, os hábitos de consumo também estão sendo repensados e o bolso pode se beneficiar disso.

Afinal, por que compramos por impulso mesmo quando isso ameaça nosso orçamento e frustra nossos planos? As respostas não são simples, mas você pode fazer sua parte para evitar o consumismo e reduzir os gastos desnecessários na sua vida.

Aprender como evitar o consumismo é uma lição fundamental para cuidar melhor do seu dinheiro e ter uma vida financeira saudável. Se você não tomar cuidado com as compras por impulso, pode se endividar facilmente e comprometer seus projetos de vida em poucas horas no shopping, ou em poucos cliques no e-commerce.

Hoje, a ansiedade e depressão são os maiores vilões do bolso, pois funcionam como gatilhos para o comportamento compulsivo e a busca de alívio por meio das compras. Como resultado, milhões de pessoas sofrem com dívidas, limites estourados e falta de perspectiva financeira.

Em junho de 2020, o endividamento dos brasileiros bateu um novo recorde: 67,1% da população tinha dívidas no cartão de crédito, cheque especial, carnê e outros tipos de crédito, enquanto 25,4% estava negativada devido a contas em atraso.

Ao mesmo tempo, 4,6 milhões de pessoas devem mais aos bancos do que conseguem pagar, de acordo com um levantamento do Banco Central publicado em 2020 na Agência Brasil.

Uma outra pesquisa realizada em 2017 pela SPC Brasil mostra que 37% dos brasileiros admitem ter comprado algo de que não precisavam nos 30 dias anteriores ao estudo, com destaque para itens como roupas, calçados, perfumes e idas a bares e restaurantes. Se você faz parte de alguma dessas estatísticas, esse é o momento de repensar seus hábitos.

Se você quer saber como evitar o consumismo, precisa entender de onde vem esse impulso incontrolável de comprar e quais são suas consequências na vida financeira.

Consumir é a maneira mais rápida e eficaz de “ter”, e, em uma sociedade com abundância de produtos e serviços, os verbos “ser” e “ter” viraram sinônimos absolutos.

Consumir tem um efeito colateral inevitável: se, em um primeiro momento, a compra gera um estado de alegria e euforia momentânea, liberando parte de nossa ansiedade, como o tempo nós ‘viciamos’ nessa sensação abstrata de prazer e passamos a comprar mais e mais.








Basicamente, o consumista tem essa sensação ilusória de que as compras podem levar a um estado permanente de satisfação, quando, na verdade, elas estão acabando com a sua vida financeira.


Esse processo ocorre em um ciclo:


1. Gatilho: a pessoa é estimulada a comprar por uma promoção, anúncio, oferta, data comemorativa ou qualquer outro gatilho, geralmente em um momento de vulnerabilidade, tédio ou estresse;

2. Descontrole: em busca de alívio rápido, ela cede à tentação e compra compulsivamente;

3. Ressaca: pouco tempo após a compra, a pessoa percebe que gastou mais do que devia e sofre com a sensação de culpa, vergonha e arrependimento;

4. Recaída: a frustração leva a um novo episódio de compra compulsiva, alimentando um ciclo de consumo sem fim.


O consumismo desenfreado já tem seu diagnóstico registrado pela Organização Mundial da Saúde: Transtorno do Comprar Compulsivo – TCC ou Oneomania (doença do consumismo). A OMS estima que 8% da população mundial sofra com esse transtorno, de acordo com dados publicados em 2018 na Veja Saúde.

Mas é claro que nem toda pessoa que compra muito é, necessariamente, um comprador compulsivo. Geralmente, quem sofre de oneomania não compra mais por prazer, mas simplesmente por necessidade psicológica, ou seja, para preencher o vazio deixado pela ansiedade e depressão.


Estes são alguns sintomas de que as compras em excesso podem ter virado doença:


· Pensar em compras o tempo todo e sentir muita angústia a respeito;

· Estourar o orçamento frequentemente e gastar mais do que ganha, principalmente com itens desnecessários;

· Gastar demais a ponto de prejudicar relacionamentos e carreira;

· Esconder compras de pessoas próximas e mentir sobre os valores gastos;

· Viver endividado sem a menor perspectiva de sair do vermelho;

· Repetir continuamente o ciclo “gatilho-descontrole-ressaca-recaída”.


É possível entender como evitar o consumismo e as compras por ansiedade antes que eles se tornem um problema ainda mais grave e afete de fato a sua saúde financeira.


Conheça 07 dicas de como evitar o consumismo e as compras por ansiedade:


1. Entenda o motivo por trás de cada compra: O primeiro passo para evitar o consumismo é avaliar se você está tomando decisões racionais na hora de fazer compras ou se está se deixando levar por sentimentos e emoções. Isso é chamado “inteligência emocional nas finanças“, que é basicamente a capacidade de domar seus impulsos e comprar somente o que você precisa de fato, mantendo os gastos sempre dentro do orçamento. Quando estiver quase comprando algo, pense se você está fazendo isso porque realmente vai usar o produto (ou aproveitar o serviço) ou se apenas está tentando aliviar sua ansiedade, estresse e frustração.

2. Controle seu orçamento: A falta de planejamento do orçamento prepara o terreno para o consumismo, pois impede que você tenha controle sobre os ganhos e gastos mensais. Por isso, é fundamental registrar suas receitas e despesas e acompanhar de perto a movimentação da sua conta corrente. Se você ainda não se organizou, use nossa planilha de gastos gratuita para colocar ordem na sua vida financeira. Assim, será mais fácil se manter dentro do planejado e evitar comprar por impulso.

3. Foque nas suas metas financeiras: O pior problema do consumismo é que ele te afasta dos seus planos de vida e objetivos financeiros. Para realizar qualquer sonho que envolva dinheiro, você precisa manter o orçamento equilibrado, evitar dívidas e poupar todo mês, e claro que é impossível fazer isso gastando demais. Logo, você pode encontrar a motivação para combater seus impulsos consumistas fazendo um planejamento de metas de curto, médio e longo prazo, como trocar de carro, fazer um curso ou comprar um imóvel.

4. Adie as compras: Se está difícil evitar o consumismo, você pode adotar a técnica de adiar suas compras. Por exemplo, se você tem certeza de que precisa de um smartphone novo e até já colocou o item no carrinho virtual, faça o seguinte: espere até amanhã para concluir a compra. Na maioria das vezes, 24 horas são suficientes para repensar essa necessidade e tomar uma decisão mais racional.

5. Aposte no consumo colaborativo: Aderir à economia colaborativa é uma ótima saída para praticar um consumo mais consciente e reduzir gastos. Nesse sistema, as pessoas compartilham, trocam, emprestam e alugam em vez de comprar, focando no acesso aos bens e serviços, deixando de lado a posse. Por exemplo, você pode utilizar apps de compartilhamento como Uber e Airbnb, alugar produtos em vez de comprar, vender e trocar itens que você não usa mais, compartilhar espaços ociosos, e diversas outras possibilidades econômicas e sustentáveis.

6. Planeje suas compras: O planejamento é um aliado importante contra o consumismo e as compras por ansiedade. Antes de sair de casa ou acessar o e-commerce, planeje exatamente o que você vai comprar e defina um limite de gastos com essa compra. Sabe aquele velho hábito de levar uma lista ao supermercado e ir calculando os preços conforme coloca os produtos no carrinho? Se você quer controlar melhor seus gastos, é bom adotar oficialmente essa técnica.

7. Separe o “ser” do “ter”: Aprender como evitar o consumismo também passa pelo autoconhecimento nas finanças e por uma reflexão sobre seus hábitos e valores. Com tantos estímulos ao seu redor para consumir, muitas pessoas acabam confundindo o “ser” com o “ter” e se sentem representadas por aquilo que compram. Para fugir dessa armadilha consumista, lembre-se sempre de que sua identidade está ligada aos seus valores, relacionamentos e propósitos — e não ao modelo do seu carro ou marca da sua roupa.


Assim, procure aproveitar mais as experiências da vida do que os itens comprados. Para isso, você pode ocupar seu tempo livre com atividades que não envolvam muitos gastos, mas que irão proporcionar boas lembranças no futuro.


Existem diversas maneiras de cuidar do consumismo desenfreado como:


· Recomenda-se iniciar procurando a ajuda de aconselhamento financeiro, com a consultoria financeira. Especialistas em educação financeira e finanças são profissionais formados e experientes na área financeira, altamente capazes de ajudar as pessoas a organizar e controlar as suas finanças e também a traçar estratégias para planejamento financeiro a curto, médio e longo prazos. A educação financeira, mudança de mentalidade, hábitos e comportamentos o ajudará a lidar com sua situação financeira e existem muitos métodos eficazes para esse processo, por intermédio da consultoria financeira pessoal. Em diversos casos, muitas pessoas nos estágios iniciais da situação financeira, tem resultados positivos com o controle financeiro, pois o ato de começar a cuidar das finanças pode ajudar a impedir que a situação se deteriore, começando a recuperar o controle de suas finanças, lutando contra seus desejos de ignorar o problema, enfrentando quaisquer causas subjacentes, como a dívida e falência por exemplo.

· Praticar técnicas de relaxamento para aprender a controlar e impedir que a situação assuma o controle.

· As práticas integrativas e complementares de saúde – PICS, são formas eficazes de tratamento para essa situação.

· A terapia é uma opção que pode descobrir uma causa anteriormente desconhecida para a situação, ou uma origem inconsciente profundamente enterrada que pode ser tratada.

· É recomendado também a terapia em grupos de apoio financeiros, como acontece como os alcoólicos anônimos e dependentes de drogas. Os grupos de apoio financeiros, ajudam muito as pessoas a cuidarem de qualquer assunto relacionado a problemas e situações financeiras que afetam a saúde financeira.

· A hipnoterapia, regressão e hipnose é usada para encontrar uma razão para a situação ou modificar os sentimentos da pessoa em relação ao objeto temido, ajudando o doente a enfrentar a situação ou qualquer número de outras aplicações.

· Um tratamento bem conhecido para essa situação é chamado de terapia de exposição, um método no qual o indivíduo é lenta e gradualmente exposto ao cenário de que tem certa sensibilidade em uma situação controlada. Com o tempo, isso ajuda a pessoa a desenvolver uma tolerância e a se tornar insensível a uma situação que normalmente seria intensamente estressante.

· A medicação pode ser usada para controlar a ansiedade severa e ajudar o indivíduo a viver uma vida diária mais normal. Na maioria das vezes, porém, os medicamentos servem apenas para encobrir os sintomas e não ajudam a controlar o próprio medo subjacente.

Recomenda-se que quem tem o Transtorno do Comprar Compulsivo – TCC ou Oneomania (doença do consumismo), procure uma ajuda especializada com profissionais formados e experientes como psicólogos, terapeutas e psiquiatras e faça um tratamento.


Interessante né pessoal?! Como o consumismo desenfreado prejudica a nossa saúde financeira, não é mesmo?!




Esperamos que você tenha gostado das nossas dicas!

Atenciosamente,

Equipe do Box Financeiro






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